"O “ESPANHOL” OU O AMOLADOR


 

Lá foi o tempo que se ouvia a dezenas de metros o anuncio da chegada do amolador. Fazia-se notar a sua chegada pelo toque da flauta de pã de canas ou de plástico, a qual sopra fazendo soar suas tonalidades consecutivas, de grave a aguda e viceversa. Andava pelas ruas da cidade ou percorria as freguesias e os sítios de motorizada ou a pé. Lá vem o amola tesouras, ouvi vezes sem conta da boca de minha avó, era eu pequeno, que corria para a porta para amolar a sua pequena tesoura do bordado. Para além de amolador de tesouras, estes artifices reparavam as “baleias” dos chapéus de chuva e facas. Hoje, já poucos ligam a isso é mais fácil deitar fora e comprar novo mesmo que dure pouco. Lembro-me de ver e ouvir este amolador percorrer as ruas do Funchal, não era dado a conversas nem a fotos, não foi fácil conseguir esta. No campo da Barca tinha banca "máquina" um outro amolador, todos eles desapareceram do nosso quotidiano, deixaram de se ouvir as flautas de pã, resta a nostalgia das fotos para recordar essas vivências de um passado recente"
Foto e texto disponíveis na página de Duarte Pedro Dias Gomes
MQE

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